Presença da variante inglesa do Coronavírus provoca aumento acelerado de novos casos no ES

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Presença da variante inglesa do Coronavírus provoca aumento acelerado de novos casos no ES

Presença da variante inglesa do Coronavírus provoca aumento acelerado de novos casos no ES

A variante inglesa do Coronavírus, chamada pelos infectologistas de B117, está circulando no Espírito Santo. É o que confirma um estudo feito pelo Laboratório Central do Estado (Lacen/ES) e que foi apresentado em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (22) pelo secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e pelo diretor do Lacen/ES, Rodrigo Rodrigues. "Existe uma amostra oriunda do Espírito Santo que trata de uma amostra de B117 positiva. Essa amostra foi colhida em Barra de São Francisco. Ela foi sequenciada pelo grupo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e foi confirmada como uma variante do Reino Unido", afirmou Rodrigues.

A cepa britânica está circulando nos estados vizinhos ao Espírito Santo. Ela foi introduzida no Estado entre novembro e dezembro de 2020. O diretor informou que o estudo sugere que ela possa ter entrado em território capixaba a partir das viagens de turistas de Minas, Rio, São Paulo e Bahia nos meses de verão. Chegando aqui, entre os locais, ela pode ter se disseminado devido a três fatores apontados pelo cientista. "A sazonalidade das doenças respiratórias, a relativização do distanciamento social e a do uso de máscaras podem explicar o crescimento acentuado do número de casos de Covid-19 nos meses de fevereiro a março de 2021", aponta.

Inclusive, a nova variante é responsável pelo aumento de casos e a rapidez de novas transmissões, sobretudo entre pessoas mais jovens. Por aqui, ela está seguindo um padrão semelhante ao dos Estados Unidos, ou seja, duplicação de casos a cada 15 dias. Isso se traduz na abrangência da nova cepa. Para se ter uma ideia, em dezembro, 10 municípios tiveram amostras positivadas para a nova variante. Esse número subiu para 65 em março deste ano. Sendo que em fevereiro, o Lacen identificou dois epicentros de transmissão: Barra de São Francisco e Piúma.

Nésio Fernandes pediu a colaboração e a adesão da população às regras restritivas impostas até 31 de março. "Precisamos, mais do que nunca ter disciplina de proteção. Principalmente no uso de máscaras. Para aqueles que estão se protegendo e para aqueles que estão contaminados. A população deve entender que enquanto não houver uma imunização ampla, acima de 70%, teremos que conviver com um cotidiano diferenciado", cobrou, acrescentando que os próximos dias não são para ir ao calçadão ou à praia. "São dias para se ficar em casa. Temos alta probabilidade da variação inglesa circulando e alcançando um alto grau de contágios no Estado. isso pode explicar recorde de óbitos nos próximos dias. A doença não vai deixar de existir pela sua negação, sua omissão. Proteja-se porque ela existe e circula com capacidade de alta transmissão no país", reforçou.



Leitos no Espírito Santo

Fernandes lembrou da alta taxa de ocupação de leitos de UTI na rede pública observada no Espírito Santo desde o último final de semana, quando ultrapassou 90%. Nesta segunda-feira, chegou a 93,82% com nove hospitais sem disponibilidade de leitos de UTI para tratamento de qualquer doença.

Ele criticou a postura de quem insiste em negar a gravidade da doença e que poderá pagar com a vida no futuro. "A doença não vai deixar de existir pela sua negação e omissão. Ela pode chegar até você. A rede privada e filantrópica estão na sua capacidade. Vamos expandir mais leitos, mas as expansões não são infinitas", alertou.

Ele diz que, ainda esta semana, fará um balanço dos resultados da primeira semana do decreto de fechamento total do comércio e suspensão das atividades não-essenciais. Mas, ele já cobra com urgência uma mudança de atitude. "Precisamos melhorar e aumentar o grau de isolamento no nosso Estado. A rede privada está incapaz de atender seus próprios pacientes. Temos pacientes de famílias muito ricas no SUS porque não há leitos. Precisamos interromper de maneira radical a transmissão da doença no Estado", finalizou.


Fonte: Folha Vitória 

 

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Quinta, 25 Abril 2024

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